Internacional

"Façam alguma coisa, temos famílias", imploram trabalhadores humanitários cristãos sequestrados por muçulmanos na Nigéria

Na Nigéria, terroristas islâmicos postaram um vídeo no qual 6 trabalhadores humanitários cristãos imploram por suas vidas. Eles foram sequestrados em uma operação, enquanto estavam ativos no país pela organização Action Against Hunger (Ação contra a Fome), relatou o ChristianPost.

O vídeo mostra uma mulher que se chama Grace. Ela está sentada ao lado de 5 homens, e os descreve como outros cinco colegas da organização de ajuda humanitária Action Against Hunger.

“Peço à Nigéria e à nossa organização que façam alguma coisa e cuidem para que nos liberem. Somos todos trabalhadores humanitários. Temos famílias, alguns de nós também têm filhos. Façam algo para nos libertar. Eu imploro em nome de todos nós aqui, a Nigéria não pode permitir isso”, disse Grace no vídeo.

A organização humanitária, Action Against Hunger, confirmou que as pessoas sequestradas fazem parte de um programa local da fundação.

“Exigimos a libertação deste membro da equipe e de seus colegas. Eles são trabalhadores humanitários que dedicam suas vidas a ajudar as comunidades mais vulneráveis da Nigéria e são motivados pela solidariedade, humanidade e neutralidade”, afirmou a Action Against Hunger em um comunicado.

Nigéria

A Nigéria é um país onde vivem 80 milhões de cristãos, que nas últimas décadas têm sido regularmente confrontados com o terror da organização terrorista islâmica “Boko Haram” e dos nômades muçulmanos Fulanis.

Entre 2006 e 2016, cerca de 15.500 cristãos foram mortos por ataques terroristas destes grupos; e cerca de 13.000 igrejas foram destruídas no país.

Só em 2015, mais de 4.000 pessoas foram mortas. A maioria das mortes é resultado de assassinatos cometidos pelo grupo terrorista Boko Haram, que é principalmente ativo nos estados do norte do país africano.

E em 2018, mais de 1.700 cristãos foram mortos por terroristas muçulmanos Fulanis no país.

Em um artigo ( “Nigéria – O Choro no escuro” ), publicado pelo Conexão Política em março deste ano, é possível ler inúmeras atrocidades que os cristãos nigerianos vêm sofrendo ao longo dos anos, nas mãos de terroristas muçulmanos.

Dentre os ataques mais severos, o sequestro das meninas do Chibok é o principal, mobilizando o governo nigeriano e repercutindo na mídia internacional.

Em 14 de abril de 2014, o Boko Haram, principal grupo extremista islâmico da Nigéria, invadiu o vilarejo de Chibok e sequestrou 276 meninas. Tudo ocorreu na Escola Secundária de Chibok. A maioria das meninas era cristã. Cerca de 219 jovens foram, então, levadas em caminhões, enquanto a escola era incendiada.

Exatamente 57 delas conseguiram escapar logo após o sequestro. Ao longo do tempo em cativeiro, outras também fugiram, até que em outubro de 2016 e maio de 2017, o Boko Haram libertou algumas. No entanto, o presidente da Associação de Pais do Chibok, Yakubu Nkeki Maina, afirma que ainda há 112 meninas cristãs cativas e ninguém sabe quantas delas permanecem vivas.

Após 5 anos, estas meninas ainda têm pais, amigos e vizinhos que se importam e que as aguardam com esperança.

A comunidade internacional precisa voltar os olhos para este país e frear a violência contra os cristãos.