Nesta última sexta-feira, bombeiros embarcaram em um avião da Força Aérea Brasileira, para a primeira missão internacional da Força Nacional de Segurança Pública. A missão atuará por um período de 30 dias, na cidade de Beira, onde o ciclone Idai destruiu 90% da segunda maior cidade de Moçambique. A situação do país é grave e tende a piorar.
O presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, pediu apoio humanitário diretamente ao presidente Jair Bolsonaro.
A passagem do ciclone Idai, atingiu mais de 1,8 milhão de pessoas em Moçambique, no Zimbabué e no Malawi, deixando mais de 761 mortos (446 mortos em Moçambique) e mais de 200.000 pessoas desalojadas.
Além dos bombeiros da FNSP, bombeiros mineiros que ajudaram no resgate das vítimas da barragem de Brumadinho, também somarão esforços nesta missão.
De acordo com um comunicado do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a missão levará suprimentos, botes e outros equipamentos adaptados ao tipo de resgate.
Ajuda humanitária internacional
A ONU pediu 250 milhões de euros para ajudar as vítimas do desastre natural. A Organização Internacional para as Migrações e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), estão proporcionando abrigo e medicamentos; e a Cruz Vermelha e outras organizações não-governamentais também estão ativas no país.
O governo de Portugal, da Espanha e da Holanda também disponibilizaram verbas para as vítimas.
No dia 21 de março, a Índia enviou 3 navios com ajuda humanitária para Moçambique, carregados de alimentos, roupa e medicamentos. Além de enviar 3 médicos e 5 enfermeiros para a assistência médica imediata de vítimas.
Desastres Naturais
O Idai é o ciclone mais forte a afetar Moçambique desde o Eline, que matou mais de 800 pessoas, no ano de 2000.
Porém, desta vez a dimensão dos estragos foi maior. Pois, ao longo dos últimos 19 anos, centenas de casas foram construídas em zonas inundáveis de Beira. Esta cidade, de 500 mil habitantes, ficou destruída e o número de mortos poderá passar de mil.
O ciclone Idai foi classificado como categoria 3, ou seja, foi extremamente intenso, com ventos que chegaram a 200km/h.
Esta região tem uma frequente ocorrência de ciclones tropicais, mas deste tamanho, raramente atingem a costa. Desde 1970, este foi o quarto desta categoria, a chegar a Moçambique.