Internacional

Níger expande estado de emergência em toda a região onde trabalhadores humanitários foram assassinados

O governo do Níger estendeu o estado de emergência a toda a região que circunda a capital Niamey e suspendeu o acesso a uma reserva de girafas onde seis trabalhadores humanitários franceses e dois nigerianos foram mortos a tiros, informou a Reuters.

Um grupo em motocicletas emboscaram o grupo no domingo enquanto eles dirigiam pela reserva, um destino popular para estrangeiros a sudeste de Niamey, na região de Tillabery.

O presidente francês Emmanuel Macron tuitou nesta terça-feira (11) que a França reforçaria as medidas de segurança para proteger seus cidadãos na região do Sahel, na África Ocidental, sem fornecer quaisquer detalhes.

A França tem 5.100 soldados posicionados na árida região ao sul do deserto do Saara, mas a violência de jihadistas ligados ao Estado Islâmico e à Al Qaeda continua aumentando.

Já havia estado de emergência em partes de Tillabery ao norte e a oeste de Niamey, perto das fronteiras com Mali e Burkina Faso.

Uma afiliada do Estado Islâmico realizou repetidamente ataques nessa zona, incluindo um que matou quatro soldados dos EUA, em 2017.

O Conselho de Segurança Nacional do Níger anunciou na noite de segunda-feira (10) que estava estendendo o estado de emergência a toda Tillabery, que se estende por mais de 350 km ao sul da fronteira com o Mali até a fronteira com o Benin.

O estado de emergência autoriza o governo a impor restrições de segurança, como toques de recolher e proibições à circulação de motocicletas, o meio de transporte mais comum dos terroristas islâmicos.

Niamey, que fica aproximadamente no meio de Tillabery, é uma região autônoma e não foi afetada pelo estado de emergência.

O Conselho de Segurança Nacional também suspendeu o acesso à reserva Koure, enquanto uma investigação prossegue.

Ninguém ainda assumiu a responsabilidade pelo ataque. A promotoria antiterrorismo da França também iniciou uma investigação.

A instituição de caridade francesa ACTED, que empregava trabalhadores humanitários, disse nesta terça-feira (11) que havia suspendido temporariamente suas atividades no Níger.

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