O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), que é alvo de operação da Polícia Federal na manhã desta terça (26), culpou o presidente Jair Bolsonaro pela existência da força-tarefa.
Os crimes investigados na operação de hoje são peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. STJ autorizou depoimentos e, portanto, Witzel pode ser ouvido.
Em nota, o governador do Rio afirmou: “Estranha-me e indigna-me sobremaneira o fato absolutamente claro de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais nos últimos dias uma operação da Polícia Federal direcionada a mim, o que demonstra limpidamente que houve vazamento, com a construção de uma narrativa que jamais se confirmará”.
E acrescentou: “A interferência anunciada pelo presidente da República está devidamente oficializada. Estou à disposição da Justiça, meus sigilos abertos e estou tranquilo sobre o desdobramento dos fatos. Sigo em alinhamento com a Justiça para que se apure rapidamente os fatos. Não abandonarei meus princípios e muito menos o Estado do Rio de Janeiro”.
Os mandados de busca e apreensão foram autorizados pelo ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Além do Palácio das Laranjeiras, a PF esteve no Palácio Guanabara – sede do governo do Rio -, na residência onde morava Wilson Witzel antes de ser eleito; na residência de Edmar Santos, ex-secretário de Saúde; na residência de Gabriell Neves, ex-subsecretário de Saúde – atualmente preso; escritório do Iabas, empresa que administra os hospitais de campanha; e na sede da Secretaria Estadual de Saúde.