Economia

B3 vai exigir 'cota' para mulheres, negros e LGBTs nas empresas

Novas regras visam colocar grupos minorizados em cargos de liderança.

Uma proposta em discussão pela B3, operadora da bolsa de valores do Brasil, quer estabelecer uma espécie de cota para aumentar a diversidade de gênero e de representatividade nas empresas brasileiras.

A ideia foi pautada em audiência pública na semana passada e pretende fazer com que as companhias listadas na B3 elejam ao menos uma mulher e um integrante de minoria para exercer um cargo no conselho de administração ou na diretoria estatutária.

Como integrantes desse grupo minorizado, a B3 listou pessoas pretas ou pardas, integrantes da comunidade LGBTQIA+ ou pessoas com deficiência.

Até o dia 16 de setembro, a entidade receberá contribuições da sociedade para o estabelecimento dessas regras por meio do e-mail da B3. A previsão é de que o texto final, já com as regras determinadas, possa entrar em vigor no ano que vem.

A proposta prevê que as companhias que não conseguirem avançar com a exigência terão que indicar ao mercado e aos investidores os motivos que inviabilizaram essas regras, em um mecanismo conhecido como ‘pratique ou explique’.

As empresas teriam até 2 anos, após a norma entrar em vigor, para se adequarem às normas. Ou seja, até 2025 elas precisam comprovar a eleição do primeiro membro ou apresentar justificativas para o não cumprimento da medida.