Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), apresentou na quarta-feira (17) uma avaliação do desempenho econômico do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e afirmou que o país vive um momento excepcional ao reunir crescimento consistente, avanços sociais e reequilíbrio das contas públicas. Segundo ele, a combinação desses fatores configura um cenário que classificou como um verdadeiro “milagre econômico”.

A análise foi feita durante a última reunião ministerial de 2025, ocasião em que Haddad falou sobre dados recentes da economia brasileira. De acordo com o ministro, o ritmo de expansão voltou a patamares semelhantes aos registrados nos dois primeiros governos Lula, após anos de estagnação.

Haddad afirmou que a média de crescimento dos últimos três anos supera 3% e que a expectativa é encerrar o período com avanço médio de 2,8%, índice que, segundo ele, não era observado desde os primeiros mandatos do atual presidente. O ministro lembrou que, a partir de 2015, o país enfrentou um ciclo prolongado de baixo desempenho econômico, cenário que teria sido revertido com a retomada do dinamismo produtivo do atual governo.

Durante o discurso, Haddad ressaltou que mais importante do que o crescimento pontual é a melhora do potencial estrutural da economia. Ele destacou ainda o desempenho do mercado de trabalho, apontando que o país atravessa o melhor momento da série histórica, com reflexos positivos sobre as contas públicas, especialmente no sistema previdenciário.

O ministro informou que o rendimento médio do trabalhador chegou a R$ 3.507, o maior valor real já registrado, ao mesmo tempo em que o salário mínimo alcançou seu melhor nível em termos de poder de compra. Haddad também citou o setor de serviços, que, segundo ele, atingiu recordes recentes de atividade.

No campo social, o ministro observou que os programas de transferência de renda atualmente alcançam cerca de 25% da população. Ele defendeu que políticas como o Bolsa Família não inibem a busca por emprego e afirmou que há um movimento de saída desses programas impulsionado pela maior oferta de vagas no mercado de trabalho.

Ao abordar a situação fiscal, Haddad atribuiu parte das dificuldades enfrentadas uma suposta “herança” deixada pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). Segundo ele, a atual gestão assumiu um déficit contratado superior a R$ 200 bilhões, decorrente de omissões e passivos incluídos no orçamento anterior, como a falta de recursos para despesas obrigatórias, precatórios e a manutenção do próprio Bolsa Família.