De acordo com uma reportagem do Estadão, a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, estaria desempenhando um papel significativo dentro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Janja, que frequentemente fala sobre a necessidade de “ressignificar o papel da primeira-dama”, estaria participando de reuniões com ministros, interferindo nas campanhas publicitárias do governo e até mesmo tendo poder de veto.
Segundo a matéria, Janja tem influência nas decisões e, caso não aprove uma iniciativa, ela simplesmente não segue adiante. O Estadão também relata que a primeira-dama defende uma abordagem de comunicação mais focada na televisão aberta.
O governo, em resposta, negou que Janja interfira na comunicação ou na publicidade institucional. No entanto, uma fonte citada pelo jornal teria revelado que o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), já chegou a alertar Lula sobre a insatisfação dos companheiros. Segundo o relato, o chefe do Executivo federal teria respondido que Wagner não deveria repetir a crítica se não quisesse perder a amizade.
A assessoria de Jaques Wagner, por sua vez, negou qualquer crítica à primeira-dama e afirmou que não há verdade nas especulações. “Não há nenhum fundo de verdade nesse tipo de comentário, nesse tipo de ilação. O senador está absolutamente indignado com isso”, declarou a assessoria.