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Sob Lula, Ministério da Saúde infla repasses para dengue e distorce dados para minimizar impacto da doença, diz jornal
Sob a gestão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Ministério da Saúde tem divulgado dados inconsistentes sobre a letalidade da dengue em 2024, segundo informações do jornal Folha de S.Paulo.
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PARTICIPE DO CANALDe acordo com uma reportagem publicada nesta segunda-feira (18), a pasta estaria inflando anúncio de repasses a estados e municípios contra emergências sanitárias.
O ministério, conforme o jornal, tem dito que a letalidade da doença neste ano é menor do que em 2023, mas tem usado informações que ainda não estão consolidadas para a comparação, o que seria um erro tendo em vista que mais da metade dos óbitos estão em investigação.
“A taxa de letalidade, em 0,3% dos casos, ainda é menos da metade do ano passado (0,7%), apesar de uma leve subida em relação à última semana (0,2%). Temos cuidado melhor dos casos, e as pessoas estão mais atentas aos sinais de alerta”, disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade, nas redes sociais na última quarta-feira (13).
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Ouvido pela Folha, o coordenador científico da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) e professor da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Botucatu, Alexandre Naime Barbosa, disse que os dados de 2024 não deveriam ser usados para comparação com o ano passado, porque as informações de mortes de 2023 já estão consolidadas.
Já o epidemiologista Wanderson de Oliveira, alega que o indicador de letalidade mede a quantidade de mortes pelo número de casos, podendo ser útil para monitorar uma epidemia de dengue, mas que deve ser interpretado com cautela devido às suas limitações.
Em resposta, o Ministério da Saúde informou que o processo de investigação do óbito é cuidadoso e demorado, pois conta com a participação de 5.570 municípios. A pasta também sustenta que ampliou para R$ 1,5 bilhão para combate às emergências em saúde, inclusive à dengue. O montante, porém, ainda não está disponível no orçamento.
Ainda assim, é dito que a cifra bilionária é composta “por recursos discricionários que serão remanejados para o atendimento de emergências em saúde”.