O aborto é permitido em quase todos os países europeus, da América do Norte e Oceania e em quase todas as circunstâncias. No entanto, o apoio social para ele está diminuindo em vários países.
Existem diferenças nos termos e condições entre os países onde o aborto é permitido em quase todos os casos. Na Bélgica, Itália e França, por exemplo, o limite de aborto é de 12 semanas, enquanto no Reino Unido e na Holanda é de 24 semanas.
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PARTICIPE DO CANALDe acordo com uma pesquisa do Ipsos Global Advisor com cerca de 17.500 homens e mulheres de 25 países —com idades entre 18-74 nos Estados Unidos, Canadá, Malásia, África do Sul e Turquia, e 16-74 em 20 outros países, entre 22 de maio e 5 de junho de 2020— 44% destes participantes em todo o mundo afirmam que o aborto deveria ser permitido em qualquer circunstância decidida pela mulher, e para 26%, apenas sob certas circunstâncias como o estupro. Porém, a pesquisa mostra que o apoio ao aborto na sociedade diminuiu ligeiramente desde 2014.
Em 2014, 72% da população nesses países indicou que o aborto deveria ser possível sob certas circunstâncias, em 2016, 75%, e em 2020, 70%. Um declínio global de 5% nos últimos 5 anos.
Em vários países europeus, nesses últimos 5 anos, houve uma queda notável no apoio, como na Alemanha (de 84% para 76%), na Suécia (93% para 88%) e na França (de 90% para 84%). No Brasil, o declínio foi de 57% para 53%. No entanto, alguns países estão mostrando um aumento no apoio, a exemplo da Argentina (de 66% para 72%); Coreia do Sul (de 71% para 79%); Rússia (de 62% para 69%) e o México (de 58% para 64%).
A América Latina mostra as taxas mais altas de rejeição, com 29% dos adultos que participaram da pesquisa em toda a região dizendo que o aborto não deveria ser permitido. Apenas 26% dos entrevistados em cinco países latino-americanos concordam que uma mulher pode fazer um aborto quando ela quiser, enquanto 36% aceitam em certas circunstâncias, como o estupro.
No Brasil, a aceitação do aborto em qualquer circunstância que a mulher quiser foi de apenas 16%. 38% disseram aceitar o aborto apenas em circunstâncias como o estupro. Outros 21% disseram ser contra o aborto em qualquer circunstância (exceto no caso de risco de vida para a mãe), enquanto 13% disseram não aceitar em nenhuma circunstância. Por fim, 10% não sabiam opinar ou preferiram não dizer.