Internacional

Austríacos dizem que estão "se sentindo como estrangeiros" dentro de seu próprio país

"Em nossa escola primária, em consideração às culturas estrangeiras, não são feitas mais excursões, a dieta é adaptada aos desejos religiosos, a violência dos meninos estrangeiros é assustadora".

Centenas de austríacos da classe trabalhadora — com raízes reais na cultura e nos costumes da nação — expressaram a um de seus jornais mais populares suas opiniões sobre a migração em massa, com muitos dizendo que se sentem como pessoas de fora em seu próprio país.

O Kronen Zeitung decidiu publicar alguns comentários de pessoas expressando que a migração em massa havia mudado o país, tanto que eles se sentiam incrivelmente alienados.

Um leitor do Kronen Zeitung escreveu: “Nas ruas, nos transportes públicos e nos prédios municipais: nos sentimos como estrangeiros em nossa casa”.

Outro comentário dizia: “Em nossa escola primária, em consideração às culturas estrangeiras, não são feitas mais excursões, a dieta é adaptada aos desejos religiosos, a violência dos meninos estrangeiros é assustadora”.

Outro expressou: “O clima em nosso condomínio se deteriorou tanto que nós estamos prontos para nos afastar para finalmente poder viver em paz novamente.”

No início deste ano, um médico e ex-parlamentar do Partido do Povo Austríaco conversou com uma emissora de TV local austríaca sobre garotas austríacas tendo que usar lenços na cabeça para evitar o assédio e a agressão de homens muçulmanos.

Na entrevista, ele declarou: “Falem com as mulheres na rua, falem com as crianças, falem com as meninas. Eu  conheço pais que, quando suas filhas chegam em casa à noite […] dão-lhes lenços para colocarem na cabeça para que não sejam reconhecidos como austríacas”.

Em outubro de 2017, o Kronen Zeitung informou que duas salas de aula na Áustria — nas cidades de Klagenfurt e Villach — haviam se tornado as primeiras de todo o país em que o alemão não era a língua nativa.

Em 2016, indo contra o conselho do Ministério da Educação, Andrea Walach, diretora vienense da escola, alertou sobre uma “geração perdida” de crianças migrantes que havia em sua escola, devido à dificuldade em aprenderem o alemão. Walach estimou que cerca de um terço dos que não sabem falar bem em alemão teriam — como resultado — suas perspectivas de emprego, educacional e futuro altamente limitadas, e precisariam, portanto, contar com mais apoio financeiro do Estado.


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