Como ministro efetivo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Nunes Marques (foto) fez sua estreia nesta quinta-feira (18) e logo teve um pequeno desentendimento público com o presidente da Corte Eleitoral, Alexandre de Moraes.
O atrito ocorreu durante o julgamento do processo que resultou em uma multa de 10 mil reais para a senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) por ligarem Lula ao assassinato de Celso Daniel (PT) em 2002.
Em sua primeira intervenção no plenário, Nunes Marques afirmou que a declaração de Gabrilli sobre o petista era um “depoimento pessoal, uma experiência de vida” e mencionou que havia processos em andamento em Minas Gerais para analisar o envolvimento do PT no caso.
Alexandre de Moraes interveio: “Isso já foi encerrado em São Paulo. Além disso, não há ninguém com foro privilegiado em relação ao assassinato ocorrido em Santo André. Não consta que nenhum deputado ou senador tenha participado.”
No final, a proposta de Nunes Marques de aplicar multa apenas em Mara Gabrilli, autora da declaração, foi derrotada.