Em seguida, ele vai defender a prisão do condenado e argumentar, como consta no parecer, que a decisão do juiz Sergio Moro é a mesma do MPF.
“A condenação possui perfeita correlação com a denúncia, concluindo que o pagamento de propina decorrente do esquema de corrupção na Petrobrás se materializou no triplex do empreendimento Solaris”, escreveu o procurador regional da República Maurício Gotardo Gerum, em trecho do parecer do processo de apelação que será julgado pelos três desembargadores da 8ª Turma do TRF-4, na quarta-feira, 24.
Por isso, negou pedido da defesa de Lula em seu parecer para que fosse reduzido o agravante e pediu, em acordo com a apelação da força-tarefa do MPF na primeira instância, que o petista fosse condenado por lavagem de dinheiro e por três atos de corrupção passiva e não um, como diz a sentença.
O MPF pede aumento de pena para Lula e que ele seja condenado não por um crime de corrupção passiva na Petrobrás, referente aos contratos da OAS nas obras das refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e Getúlio Vargas, no Paraná, mas por três práticas delituosas, uma vez que a Petrobrás fechou três contratos com a construtora OAS, responsável por oferecer o triplex no Guarujá e bancar reformas no imóvel como pagamento de propina ao petista. E vai sustentar que há “nexo causal” entre a assinatura dos contratos e o recebimento de propina por Lula.