
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), foi metrificado em um levantamento do Índice Datrix de Presidenciáveis (IDP), indicador que acompanha mês a mês o desempenho digital de pré-candidatos ao Palácio do Planalto.
No comparativo entre agosto e setembro, Caiado registrou o maior salto entre os nomes avaliados, com avançou de 84%. Os dados mostram que ele alcançou a vice-liderança do ranking, ficando atrás apenas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A pontuação do goiano subiu de 13,43 para 24,69, ultrapassando concorrentes diretos. Logo em seguida aparece o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), que também teve alta expressiva, de 56%, somando 24,19 pontos.
O relatório aponta que Lula apresenta sinais de recuperação de imagem. Al mesmo tempo, sugere que candidatos ligados à centro-direita vêm abrindo espaço, sobretudo diante da perda de fôlego do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que caiu no desempenho e perdeu as primeiras colocações.
De olho em 2026, Caiado tem se movimentado politicamente, sobretudo em torno da formação de uma federação entre União Brasil e Progressistas. O estudo aponta ainda que a defesa feita pelo governador em favor de uma anistia ampla para os investigados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 impulsionou seu alcance para além de suas próprias plataformas digitais. Além disso, críticas ao que chama de “governo de marketing” de Lula ajudaram a projetá-lo como alternativa competitiva no campo da centro-direita.
Outro ponto foi o crescimento de lideranças ligadas à família Bolsonaro: a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ocuparam, respectivamente, a quarta e a quinta posição no ranking.
O IDP leva em consideração três eixos para compor a nota final: a performance nas redes próprias, que avalia mobilização e resistência em momentos de crise; a repercussão externa, que mede citações de influenciadores, veículos de imprensa e políticos, com a projeção fora da bolha; e a análise de sentimento, que enquadra automaticamente as menções como positivas, negativas ou neutras. O sistema, baseado em inteligência artificial, atribui a cada presidenciável uma nota que varia de -100 a +100.