As cidades que possuem altos cadastros do benefício Auxílio Brasil, anteriormente chamado de Bolsa Família, optaram por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com informações oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com dados explanados pelo portal Poder360, o esquerdista recebeu cerca de 71% dos votos válidos no segundo turno entre aqueles que integram o programa.
Mesmo Bolsonaro sendo o responsável por aumentar expressivamente o número do montante pago aos beneficiários durante o comando do Executivo federal, o eleitorado preferiu Luiz Inácio, que pagava valores significativamente inferiores ao cenário atual.
Jair chegou a turbinar o Auxílio Brasil e outros benefícios. O aumento se deu, inclusive, entre o número de famílias beneficiadas. No entanto, as medidas não se converteram em votos. O resultado representa um avanço de 2 pontos percentuais na votação do postulante do PL em relação ao que ele obteve nos mesmos locais em 2018.
Na prática, cerca de 21 milhões de eleitores desses municípios mais dependentes foram às urnas no segundo turno do pleito, em 30 de outubro.
Para se ter noção do impacto que esse grupo representa, caso Bolsonaro tivesse conseguido subir sua votação nessas cidades para 34%, ou seja, 5 pontos percentuais a mais do que registrou no 2º turno, estaria hoje reeleito.
O mandatário, que dará lugar a Lula em 2023, tinha pretensões de valorizar ainda mais o programa social e conceder, por exemplo, R$ 200 a mais ao valor que é pago atualmente, que é de R$ 600, caso os dependentes conseguissem emprego.
A ala governista alega que, durante gestões do Partido Trabalhadores, não era possível trabalhar, pois o benefício era cortado. — Com o Bolsa Família, o PT escravizava o pessoal. Se ele conseguisse um emprego, perdia o Bolsa Família. No nosso governo, ele não perdeu. Ou seja, é a saída para o emprego. Então, isso tudo, repito, dentro da responsabilidade fiscal. Você não vai ter aumento do dólar, cair Bolsa, ter problemas no mercado por causa disso, porque nós fazemos dentro do teto e dentro da responsabilidade — afirmou Bolsonaro, em certas vezes que externou sobre o tema.
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