Foto: Isac Nóbrega/PR
Foto: Isac Nóbrega/PR

A bancada de senadores alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderá chegar a 44 cadeiras a partir de 2027, segundo levantamento divulgado pelo portal Metrópoles. O número é suficiente para garantir a eleição do presidente do Senado Federal na próxima legislatura, mas ainda está abaixo dos 54 votos necessários para aprovar o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal, como deseja parte da oposição.

A projeção foi elaborada com base no posicionamento dos atuais parlamentares e no desempenho dos pré-candidatos líderes nas pesquisas estaduais realizadas pela Real Time Big Data entre agosto e outubro deste ano. Em sete estados, o levantamento indica possibilidade de crescimento da base bolsonarista: Acre, Alagoas, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraná, Roraima e Tocantins podem eleger nomes oposicionistas ao governo Lula.

Em quatro estados, há tendência de recuo da oposição: Amapá, Ceará, Espírito Santo e Sergipe. Dois estados seguem com cenário indefinido por falta de confirmação de candidaturas: São Paulo e Rio Grande do Sul.

No Rio Grande do Sul, encerram-se os mandatos de Paulo Paim (PT) e Luis Carlos Heinze (PP). Entre os possíveis concorrentes estão a ex-deputada Manuela D’Ávila (sem partido), que recebeu convite do PSOL, e o governador Eduardo Leite (PSD), cotado para disputar a Presidência da República.

Em São Paulo, terminam os mandatos de Giordano (MDB), suplente do senador falecido Major Olímpio, e de Mara Gabrilli (PSD). Uma das vagas tende a ser ocupada pelo secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP). A outra pode ser disputada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), ou pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (PSOL). Se ambos forem candidatos, os números atuais indicam que Derrite ficaria de fora, com Boulos registrando 18%, Haddad 17% e Derrite 16%.

O levantamento enquadrou como neutros os estados onde não há alteração prevista no número de cadeiras entre governo e oposição. O Senado renovará dois terços de seus 81 integrantes em 2026, o equivalente a 54 cadeiras.