Política

Rio de Janeiro adia obrigatoriedade do 'passaporte da vacina' para 15 de setembro

Prefeito já deixou claro que usará o poder do Estado para "criar dificuldades" para quem não quiser tomar a substância.

A prefeitura do Rio de Janeiro decidiu adiar de 1° para 15 de setembro o início da exigência de comprovação vacinal contra a Covid-19 para acessar estabelecimentos como cinemas, clubes, academias e pontos turísticos.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o motivo da decisão foi a instabilidade no aplicativo ConecteSUS, no qual os cidadãos podem gerar o comprovante de forma digital.

“Nesse período, entre os dias 1º e 14 de setembro, será realizada uma série de ações educativas com o setor regulado e essa cobrança pode ser iniciada por cada setor que já se sinta preparado e queira estimular a vacinação”, diz o comunicado da administração municipal.

No último dia 27, a prefeitura do Rio de Janeiro decidiu avançar contra a liberdade individual ao publicar decretos que previam a exigência de um passaporte de vacinação, cuja medida estava prevista para ter início a partir de 1° de setembro.

Além do acesso a locais de lazer, também restou definido que seria necessário comprovar a vacinação para receber recursos do Cartão Família Carioca e realizar cirurgias eletivas nas redes pública e privada.

Entre os locais fechados que deverão exigir o cartão de imunização, estão academias de ginástica, piscinas, centros de treinamento, clubes, estádios, vilas olímpicas, cinemas, teatros, circos, salas de concerto, pistas de patinação, pontos turísticos e feiras comerciais.

Na semana passada, ao anunciar a medida, o prefeito Eduardo Paes (PSD) deixou claro que usará o poder do Estado para “criar dificuldades para aqueles que não querem se vacinar”.

Segundo ele, as limitações à liberdade individual podem variar “desde o acesso a programas de transferência de renda, passando por cuidados à saúde, passando por ter alternativas e oportunidades de lazer e, em alguns casos, até de trabalhar”.