
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), reafirmou que será candidato à reeleição em 2026. Em entrevista publicada nesta terça-feira (25), pelo jornal O Globo, ele afirmou que permanecerá à frente do governo paulista por mais quatro anos, caso receba a aprovação dos eleitores. “Se o eleitor de São Paulo assim decidir”, disse.
O posicionamento se dá em meio à pressão da direita para definir um nome competitivo contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais, sobretudo após a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Tarcísio, no entanto, minimizou os efeitos da detenção de seu aliado. “Não muda nada”, declarou.
Apontado como um dos principais nomes para liderar uma possível candidatura presidencial no campo conservador, Tarcísio reiterou seu foco na gestão estadual. Outros possíveis pré-candidatos incluem os governadores Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás. Também circulam os nomes de Ratinho Junior (PSD), do Paraná, e Eduardo Leite (PSD), do Rio Grande do Sul, este último com tendência a disputar uma vaga no Senado.
O governador paulista informou ainda que deve solicitar autorização do Supremo Tribunal Federal para visitar Bolsonaro, que está detido na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A visita, no entanto, deve ser agendada em conjunto com os familiares do ex-presidente. “Quero conversar com os filhos e com a Michelle para definir a melhor data. Por enquanto, prefiro dar um tempo para a família respirar”, disse.
Em dezembro do ano passado, Tarcísio já havia obtido autorização do ministro Alexandre de Moraes para visitar Bolsonaro, à época em prisão domiciliar. A situação jurídica do ex-presidente, porém, se agravou nos últimos dias. No sábado (22), Bolsonaro foi preso preventivamente por violação da tornozeleira eletrônica, o que, segundo Moraes, representava “risco concreto de fuga”.