Mesmo sendo divulgada amplamente pela imprensa brasileira como uma carta que reuniu diversas autoridades e entidades, a nota em defesa da democracia promovida pela Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP) mobilizou apenas 13,7% dos sindicatos filiados à organização.
Dos 131 sindicatos que integram a FIESP, somente 18 deles assinaram o comunicado até agora. O texto do manifesto foi publicado nos principais veículos de mídia do país.
Até o momento, são 107 signatários. Entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), universidades, grupos de defesa dos direitos humanos, ONGs e representantes de minorias deram respaldo ao documento.
A FIESP reúne o setor produtivo de maneira setorial com 131 sindicatos divididos em 23 setores produtivos. Ao todo, aproximadamente 150 mil empresas são representadas pela organização.
Ao ser questionada acerca da adesão da baixa adesão do número de sindicatos, a federação preferiu não comentar a respeito, apenas afirmando que mais entidades estão em contato para assinar a carta, sem mencionar o número.
A assinatura ou não da carta não foi consenso entre entidades do setor do agronegócio. Lideranças do segmento relataram receito em dar respaldo ao texto em razão do “tom político” envolvendo a situação, já que a carta é capitaneada pela esquerda, além de possíveis embaraços que podem ser gerados junto ao governo federal.
A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), a Croplife Brasil, que representa indústrias de sementes e defensivos, e a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) até foram procuradas pelos organizadores, mas não quiseram dar suas rubricas à papelada.