A chinesa Huawei está de olho no leilão do 5G no Brasil. Com a análise do edital pelo Tribunal de Contas da União (TCU) prevista para acontecer no dia 18 de agosto, a empresa se movimenta no mercado para tentar arrematar a tecnologia em solo tupiniquim.
Em entrevista ao Poder360, o diretor global da companhia, Marcelo Motta, afirmou que a corporação asiática lançou dois centros de segurança cibernética no Brasil. A intenção, segundo ele, é demonstrar que os chineses possuem experiência com assuntos relacionados à proteção de dados e de informações.
Receba notícias do Conexão Política em tempo real no seu WhatsApp
Receba notícias do Conexão Política em tempo real no seu WhatsApp
PARTICIPE DO CANALOs dois centros estão localizados no estado de São Paulo e já receberam investimentos de pelo menos R$ 35 milhões. As instalações permitem que clientes e parceiros, incluindo o poder público, “possam conhecer o processo de governança da empresa, as técnicas de cibersegurança dos produtos e cenários de aplicação da cibersegurança da rede 5G, de sistemas de computação na nuvem, de dispositivos inteligentes e de carros conectados.”
Vale lembrar que, no mês passado, em entrevista ao jornal Estadão, o embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, relatou que companhias do regime de Xi Jinping sofrem “bullying tecnológico” por parte dos Estados Unidos no tocante à nova tecnologia.
“Mesmo com um histórico manchado em matéria de segurança de internet e autor descarado de ataques cibernéticos contra outros países, os EUA têm usado repetidamente o pretexto de segurança nacional para cercear empresas chinesas de alta tecnologia e interferir na escolha autônoma de parceiros de 5G por outros países. O objetivo não é, de forma alguma, proteger a segurança cibernética, mas sim manter sua rede de vigilância e a hegemonia digital, um ato típico de bullying tecnológico”, avaliou, na ocasião.