As estatais brasileiras encerraram o primeiro trimestre de 2025 com um déficit conjunto de R$ 1,27 bilhão, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Banco Central (BC).
O número representa o segundo pior resultado da série histórica para o período, superado apenas pelo mesmo intervalo de 2024, quando o saldo negativo chegou a R$ 1,51 bilhão.
O desempenho foi fortemente impactado pelas empresas controladas pelo governo federal, que sozinhas registraram um rombo de R$ 1,75 bilhão. Em contrapartida, as estatais estaduais apresentaram superavit de R$ 1,04 bilhão, enquanto as municipais fecharam o trimestre com déficit de R$ 560 milhões.
A apuração realizada pelo Banco Central é baseada na variação do endividamento líquido dessas entidades, já que o órgão não tem acesso integral às receitas e despesas de todas as empresas públicas. Esse método é adotado para estimar a chamada “necessidade de financiamento” dos entes públicos.
Embora o governo federal também realize análises sobre a saúde fiscal das estatais, os dados da autoridade monetária são utilizados como referência por sua periodicidade mais curta, o que permite um acompanhamento mais frequente do cenário financeiro dessas empresas.