Editorial

EDITORIAL: A agenda pelo impeachment de Gilmar Mendes morreu?

A agenda pelo impeachment de Gilmar Mendes morreu?

Conforme noticiou o Conexão Política neste domingo (19), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi às redes sociais para comentar sobre a pandemia da Covid-19.

Mas não foi qualquer fala. Veja abaixo o que ele escreveu:

“Nesse momento, o resto do mundo já começa a repensar os paradigmas do capitalismo pós #COVID19. A pandemia pode gerar uma nova onda de automação, ampliar a concentração de renda e a desigualdade social. Qual será o novo papel do Estado?”.

É isso mesmo que você leu! Um magistrado da Suprema Corte fomentando temáticas como “começar a repensar os paradigmas do capitalismo pós Covid-19”, “concentração de renda”, “desigualdade social” e “um novo papel do Estado”.

Ok, ministro. Você realmente quer falar sobre desigualdade social? Então comecemos enxergando o próprio umbigo.

Todo o Brasil sabe que vocês, do alto escalão do poder, são lentos e ideológicos, que engavetam processos importantes para o país, comem lagostas e camarões enquanto o povo não tem feijão e arroz na mesa.

Vocês consomem vinhos com selos de primeira linha e o povo mal tem água potável para beber.

Sim, todas essas regalias absurdas são financiadas com o dinheiro do cidadão brasileiro.

Gilmar, vossa excelência é notoriamente conhecida como alguém que quando a Polícia Federal (PF) manda prender, o senhor mandar soltar de imediato.

Não precisa desenhar aqui ou em qualquer outro lugar o que todos brasileiros pensam sobre a sua conduta.

A verdade é que não existe qualquer argumento para defender o senhor, Toffoli e cia.

De todos os ministros que integram a Corte, o nome que certamente gera mais indignação popular é Gilmar Mendes.

Não se pode, sob a casta do Judiciário, promover a absoluta desordem, imprevisibilidade e insegurança causadas por decisões autoritárias.

Será que ainda é possível pensar no conceito de ‘instituições’ sem pensar em lagosta, jatinho e soltura de criminosos?

O Brasil com Gilmar Mendes não tem mais Direito nem serviço jurisdicional.