Foto: Marcello Casal Jr./ABr
Foto: Marcello Casal Jr./ABr

O Ministério dos Transportes divulgou nesta terça-feira (25) um amplo pacote de concessões previsto para 2026, que inclui 21 leilões de infraestrutura, sendo 13 para rodovias e oito para ferrovias. A estimativa divulgada pela pasta aponta para R$ 288 bilhões em investimentos se todo o cronograma for executado.

No caso das rodovias, o governo projeta aproximadamente R$ 148 bilhões em aportes, distribuídos por todas as regiões do país. A Rota Agro Central, que incluía trechos das BRs 070, 174 e 364 entre Mato Grosso e Rondônia, foi retirada da programação, reduzindo de 14 para 13 o número de disputas previstas. A carteira contempla sete concessões inéditas e a revisão de seis contratos vigentes.

Se o plano para o ano que vem for concluído, a pasta repetirá o desempenho de 2025, que já conta com 12 certames realizados e terá o leilão de repactuação da Fernão Dias no mês de dezembro. Com isso, o governo se mantém próximo da meta traçada no início da gestão de promover 35 leilões no período de quatro anos.

Durante a apresentação da nova carteira, o ministro Renan Filho afirmou que o governo está conseguindo entregar um volume de concessões acima do que o mercado previa. “Muitos duvidaram que fosse viável, mas conseguimos avançar conforme planejado”, declarou.

O calendário rodoviário de 2026 começa em março, com a Rota dos Sertões, que abrange trechos da BR-116 na Bahia e em Pernambuco, seguida pelas Rotas Gerais, nas BRs 116 e 251 em Minas Gerais, além de uma nova fase de otimização da Régis Bittencourt, entre São Paulo e Paraná. Em abril, será a vez de ajustes contratuais na Rota Arco Norte, que abrange a BR-163 em Mato Grosso e no Pará.

Duas repactuações estão previstas para o meio do ano: a da Rota do Pequi, que cruza o Distrito Federal e Goiás pelas BRs 060 e 153, em junho, e a da Rota Litoral Sul, com trechos da BR-116, BR-376 e BR-101 no Paraná e em Santa Catarina, em julho. Agosto contará com o leilão da Rota Portuária do Sul, que inclui a BR-116 e a BR-392 no Rio Grande do Sul. Já setembro terá a otimização da Rota Planalto Sul, nas BR-116 do Paraná e Santa Catarina.

A programação segue em outubro, com a revisão do contrato da BR-153 em São Paulo, conhecida como Transbrasiliana. Em novembro, estão previstos os leilões da Rota 2 de Julho, na Bahia, e das Rodovias Integradas de Santa Catarina, Lotes 1 e 3. O ciclo será concluído em dezembro com o leilão da Rota Integração do Sul, que abrange diversos trechos das BRs 116, 158, 290 e 392 no território gaúcho.

No setor ferroviário, estão programados oito leilões, que juntos podem movimentar cerca de R$ 140 bilhões. O primeiro será o do Corredor Minas-Rio, marcado para abril. Em junho, está prevista a disputa pelo Anel Ferroviário Sudeste. A sequência continua com a licitação da Malha Oeste em julho e com o Corredor Leste-Oeste em agosto. A Ferrogrão deve ser leiloada em setembro. O encerramento do calendário está reservado para dezembro, com três certames da Malha Sul: os corredores Paraná-Santa Catarina, Rio Grande e Mercosul.