Foto: Markus Spiske/Unsplash
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As decisões anunciadas nesta quarta-feira (10) pelos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos mantiveram o cenário já esperado pelos mercados. Por aqui, o Copom optou por preservar a taxa Selic em 15% ao ano, enquanto o Federal Reserve reduziu em 0,25 ponto percentual o intervalo dos juros americanos, que passou a variar entre 3,5% e 3,75%.]

Durante todo o ano, nenhum dos diretores nomeados por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apoiou qualquer redução da Selic para 2025. Nas 8 reuniões realizadas pelo Copom, todas as deliberações foram unânimes, sempre no sentido de elevar ou preservar a taxa básica no nível em que se encontrava.

Mesmo sem alterações expressivas, o Brasil continua ocupando uma das primeiras posições no ranking global de juros reais. De acordo com um estudo produzido pela MoneYou em parceria com a Lev Intelligence, o país permanece com a segunda maior taxa real do planeta, ficando atrás apenas da Turquia. O cálculo leva em conta a taxa projetada para os próximos 12 meses e a inflação estimada para o mesmo período, a partir das informações mais recentes divulgadas pelas autoridades de cada nação.

O levantamento analisou os números de 40 economias. Do outro lado da lista aparecem países como Dinamarca, Holanda e Canadá, que registram juros reais negativos, com índices que variam de -2,29% a -1,53%. Áustria, Japão e novamente o Canadá aparecem logo na sequência, também com indicadores abaixo de zero.

Quando se trata das taxas nominais, o Brasil ocupa o quarto lugar, com os atuais 15% ao ano definidos pela Selic. A marca fica abaixo apenas dos juros extremamente elevados praticados por Turquia, que opera em 39,50%, Argentina, com 29%, e Rússia, que trabalha com 16,50%. Na outra ponta, as menores taxas nominais são observadas na Suíça, onde o juro está em 0%; no Japão, com 0,50%; e em Cingapura, com 1,15%.