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Brasil sob Bolsonaro lembrava a destruição de Gaza, diz Lula

O ex-presidente, segundo o esquerdista, não apoiava nenhum ministério que contribuísse para a organização da sociedade.

Foto: Marcelo Camargo/ABr
Foto: Marcelo Camargo/ABr

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou a situação do Brasil ao final do governo de Jair Bolsonaro (PL) com a destruição provocada pela guerra na Faixa de Gaza. A declaração foi feita durante participação no podcast Mano a Mano, apresentado por Mano Brown e Semayat Oliveira, cuja gravação ocorreu no último domingo (15), no Palácio da Alvorada.

Ao falar sobre a estrutura do governo federal que encontrou ao assumir o terceiro mandato, Lula afirmou que os ministérios haviam sido desmantelados “de forma proposital” e classificou o cenário como o de um país “semidestruído”.

“Chegamos 4 anos atrás a ter um presidente que negava tudo. Negava a democracia, como está negando agora na Hungria, nos Estados Unidos, na Argentina. E nós precisamos reconstruir isso. Ou seja, nós, quando chegamos aqui [na Presidência], pegamos um país semidestruído. De vez em quando, olho para a destruição na Faixa de Gaza e fico imaginando o Brasil que encontramos. Aqui a gente não tinha mais Ministério do Trabalho, da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos, da Cultura. Tinha sido uma destruição proposital. O presidente não gostava de nenhum ministério que pudesse ser uma alavanca de organização da sociedade”, disse Lula.

Segundo o presidente, sua gestão atual tem como objetivo reconstruir estruturas administrativas e promover políticas públicas nas áreas abandonadas por seu antecessor.

Guerra entre Israel e Hamas

A guerra na Faixa de Gaza, citada por Lula como comparação, já ultrapassa um ano de duração. De acordo com dados do próprio Hamas, que são questionáveis por ausência de transparência, mais de 36 mil pessoas morreram desde o início da ofensiva israelense, lançada após os ataques do grupo terrorista em 7 de outubro de 2023.

Desde então, o conflito resultou em bombardeios em áreas densamente povoadas, agravando a crise humanitária no local e abrindo uma série de bloqueios ao fornecimento de ajuda internacional.