O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), criticou as medidas impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após a operação autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Caiado classificou a ação como um “excesso” e afirmou que as restrições aplicadas “não condizem com o regime democrático”.
“Respeito decisões judiciais, mas há limites. Julgar é papel da Justiça, vingar não. O Supremo julga, não vinga. Não se pode impor esse tipo de humilhação a quem sequer foi condenado”, declarou o governador.
Bolsonaro passou a usar tornozeleira eletrônica na sexta-feira (18) após determinação de Moraes, que também o proibiu de utilizar redes sociais e o obrigou a permanecer em casa das 19h às 7h. Além disso, o ex-presidente está impedido de se aproximar de embaixadas. As restrições fazem parte da investigação sobre suposta tentativa de obstrução da Justiça, por meio do apoio à estadia de seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nos Estados Unidos.
“Colocar tornozeleira em um ex-presidente que não tem condenação, não responde criminalmente e sempre se colocou à disposição da Justiça? Isso é um absurdo”, disse Caiado.
Na segunda-feira (21), Bolsonaro apareceu publicamente em Brasília após reunião do PL no Congresso Nacional. Na ocasião, exibiu a tornozeleira e afirmou que o equipamento é um “símbolo de humilhação”.